Vamos falar de amor? Dimensões sentimentais do currículo e a formação de professores na contemporaneidade

Vamos falar de amor? Dimensões sentimentais do currículo e a formação de professores na contemporaneidade

Na atualidade, a educação formal tende a expandir o seu propósito de origem e passa a ser compreendida como um espaço ampliado que vai além da instrução e da transmissão de conteúdos científicos. Neste cenário, o campo do currículo assume uma perspectiva complexa e multirreferencial, compreendendo que os itinerários de formação dos professores são oriundos dos conhecimentos acadêmicos, da prática pedagógica profissional, como também, das experiências de vida, inclusive, as que envolvem o âmbito sensível do educador em formação. É na reivindicação do espaço legítimo das dimensões sensíveis na formação de professores que se situa esta comunicação. Partindo do conceito de poli[AMOR]fia, são demonstradas paisagens em que emergem inúmeras aparências e maneiras de amar no cotidiano educacional, os conflitos que essas podem provocar nos aspectos profissionais e a possibilidade de recriação de um mundo mais solidário, através da educação. Trata-se de um convite para refletirmos sobre a negação das emoções nos processos educacionais, assim como se trata da proposição de uma nova ética para a educação, fundada no amor ao mundo e para/com as próximas gerações, potencializadora de uma formação sensível, considerada relevante para a humanização das práticas pedagógicas.

Verônica Domingues Almeida, Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia

Moderação
Joaquim Pintassilgo

Organização
Grupos de Investigação e Ensino de História da Educação (Joaquim Pintassilgo) e Currículo e Formação de Professores (Maria João Mogarro)