Autor
Florentino Sanz Fernández
Neste caderno publica-se, na sua versão integral, o texto que serviu de base à conferência proferida pelo Professor Florentino Sanz Fernández, na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa, em 2004, no âmbito de um ciclo de conferências, organizado com o apoio do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). A realização desta conferência articulou-se com a colaboração docente do autor no programa de formação pós-graduada. A partir de uma perspectiva histórica, o texto apresenta-nos uma reflexão sistematizada e estimulante sobre a contribuição do campo da educação de adultos para pensar a acção educativa. Por outro lado, propõe-nos uma tipologia dos modelos actuais de educação de pessoas adultas.
INTRODUÇÃO | 7 | |
O MODELO ALFABETIZADOR | 19 | |
Do analfabetismo como situação normalizada ao analfabetismo como um mal e epidemia a erradicar | 19 | |
A luta contra o analfabetismo ao longo da história | 21 | |
Os efeitos deste processo alfabetizador nas pessoas adultas | 27 | |
Um modelo que herda a cultura de mínimos | 28 | |
Alfabetizar é aprender a ler no sentido do antigo recitare mais que no sentido do legere: um modelo de alfabetização receptiva | 31 | |
Um modelo alfabetizador escolar que não consegue estimular os adultos para o uso social das letras | 33 | |
A estratégia alfabetizadora aplicada às pessoas adultas não produziu os resultados esperados | 36 | |
Em jeito de reflexão final sobre o modelo alfabetizador | 37 | |
MODELO DIALÓGICO SOCIAL | 40 | |
A leitura silenciosa como fenómeno revolucionário: uma componente do modelo dialógico social | 40 | |
Distintos âmbitos da tradição popular como espaço de aprendizagem participativa | 45 | |
O controlo da transmissão social de valores | 51 | |
A evolução recente da cultura popular e dialógica | 52 | |
A interactividade popular no modelo social e dialógico da educação de adultos: a tertúlia como plataforma educativa | 55 | |
As características actuais do modelo social de educação de pessoas adultas | 59 | |
MODELO ECONÓMICO PRODUTIVO | ||
Alguns marcos políticos que incidem no odelo de formação produtiva | 65 | |
A participação privada na protecção social como reflexo da política de mercado: da massificação dos serviços à sua mercantilização | 66 | |
O significativo aumento da procura de formação por parte das pessoas adultas nas sociedades desenvolvidas | 67 | |
A formação para o trabalho na Europa | 68 | |
A importância da formação para o sector produtivo | 69 | |
A dualização social no mercado de trabalho | 71 | |
Algumas características do modelo produtivo da educação de pessoas adultas | 72 | |
O público que participa é o sector da população adulta que mais sabe | 72 | |
Os que prioritariamente participam na formação são os que mais têm | 74 | |
Este modelo faz com que determinadas necessidades de formação sejam invisíveis | 75 | |
A formação em competências e conhecimentos marginaliza a aquisição de sabedoria | 76 | |
O modelo esquece as necessidades de formação básica de determinados sectores da população adulta com necessidades elementares | 79 | |
Dualiza-se a formação num mundo cada vez mais globalizado | 80 | |
As contribuições do modelo económico produtivo no momento actual | 83 | |
Em jeito de conclusão final | 84 | |
BIBLIOGRAFIA | 86 |
Ano de publicação: 2006
Colecção: Cadernos Sísifo
Editora: Educa | Unidade de I&D de Ciências da Educação