Durante dois dias e meio, a Faculdade de Psicologia e o Instituto de Educação da Universidade de Lisboa acolheram a presença no seu espaço de ativistas que se pronunciaram sobre a causa da Palestina e igualmente sobre o fim aos combustíveis fósseis.

Desde ontem à tarde, porém, começaram a verificar-se preocupantes situações de destruição do património, grafitagem e ameaça à segurança através da eliminação e arrombamento de fechaduras, deixando livre acesso a zonas do edifício onde se encontram laboratórios, serviços administrativos, gabinetes das direções e salas de aula. A facilidade de acesso a registos de dados pessoais e académicos, a materiais de laboratório e tecnológico e a documentos e posses, constitui um risco inaceitável.

Também se tornou claro, ao longo destes dias, o aumento da preocupação dos estudantes das duas instituições com possíveis interrupções de atividades previstas, letivas e não letivas. Recorda-se, ainda, que parte substancial dos manifestantes não pertence à comunidade dessas duas Escolas da ULisboa.

Perante esta situação, o Reitor da ULisboa e os diretores da Faculdade de Psicologia e do Instituto de Educação solicitaram a intervenção das autoridades, de forma a repor a segurança de bens, equipamentos e pessoas das suas instituições.

De notar que as Direções destas duas Escolas da ULisboa, conforme manifestado em comunicado à sua comunidade e depois partilhado com a comunicação social, favoreceram inicialmente a coexistência da manifestação de protesto com o desenvolvimento das atividades académicas previstas. Valorizámos sempre a expressão livre de ideias e o envolvimento da comunidade em causas que nos preocupam coletivamente.

Face a métodos e comportamentos que põem seriamente em causa a segurança de pessoas e bens e, por extensão, o bom funcionamento da ULisboa e das suas Escolas, é nossa responsabilidade pôr termo a esta iniciativa.

Reitoria da Universidade de Lisboa, 9 de maio de 2024