Capa do E-Book "A Educação nos artigos de jornal durante o Estado Novo (1945-1969). Um repertório cronológico, temático e onomástico", de Áurea Adão (Org.)

A EDUCAÇÃO NOS ARTIGOS DE JORNAL DURANTE O ESTADO NOVO

de Áurea Adão

A ideia que presidiu à elaboração deste Repertório consistiu em colocar à disposição dos investigadores instrumentos de trabalho para quem queira estudar as questões de Educação durante um período significativo do Estado Novo – o que decorreu entre o final da Segunda Guerra Mundial e o início do marcelismo. Não obstante todos os condicionalismos oficialmente impostos, os jornais conseguiam transmitir ideias, atitudes, contextos e ações que se iam registando relativamente às políticas e sistemas educativos nacionais e estrangeiros. Durante o espaço temporal contemplado, a imprensa − nacional e regional − revestiu uma importância significativa na (in)formação dos diferentes tipos de leitores, não só nos centros urbanos como também nas outras regiões da chamada província. Os jornais tinham a função de difusores de programas de ação governamentais, decisões oficiais provocadas por acontecimentos específicos, textos propagandísticos, e, ainda que de modo muito limitado, veiculavam ideias e representações relativas à Educação por meio de comentários, exposições e estudos.
O corpus documental selecionado contém uma linha de continuidade sobre alguns assuntos, ou insere diferentes sensibilidades de opinião sobre alguns outros, ou reporta-se ao único documento informativo encontrado sobre determinado acontecimento. Foram trabalhados os dois principais diários com sede em Lisboa e com maior expansão pela província, Diário de Notícias e O Século, os vespertinos Diário de Lisboa, República e, a partir do seu reaparecimento em 1968, A Capital. Como jornais marcadamente pró-governamentais, foram trabalhados o Diário da Manhã e o Novidades. E, para uma maior abrangência informativa regional, alargou-se a pesquisa a O Comércio do Porto e Jornal do Fundão.

Para além de uma apresentação elaborada por Justino de Magalhães e de uma introdução preparada por Áurea Adão, o Repertório compreende três índices informativos. O Índice cronológico constitui o principal instrumento de trabalho, incluindo a referência completa de 15.345 textos. O Índice temático obedeceu a critérios de funcionalidade inserindo 322 temas que se prendem com a história da educação que se faz nos dias de hoje mas correspondendo igualmente a conceitos do período definido. A par de temas envolvendo um número significativo de referências, foram incluídos outros apenas com uma ou duas referências, cujo tratamento foi inovador para a época, como por exemplo, sobre o arquivo escolar, o ensino da Ciência Política e da Sociologia, a educação multicultural, e tantos outros. O Índice de autores corresponde a um terceiro instrumento de trabalho com dimensões mais reduzidas. Devido à ausência de um jornalismo especializado, os autores dos artigos sobre Educação eram sobretudo docentes dos ensinos primário e secundário, professores universitários, escritores e outros intelectuais conhecidos publicamente por apoiantes ou por oposicionistas ao Regime. Por isso, neste último instrumento de trabalho são incluídos os nomes de todos aqueles que assinam os textos, de participantes em mesas redondas e das pessoas entrevistadas, ainda que estas não constem na respetiva referência.

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