novembro, 2012

8nov19:00Mesa-redonda "Políticas de Educação e Formação de Adultos em Portugal"19:00 Sala 7, Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, Alameda da Universidade, Lisboa

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Apresentação da Mesa
Na atualidade, em Portugal, a educação de adultos atravessa um período complexo. Depois de muitos anos de esquecimento, mais de uma década de priorização política, no âmbito da atividade da Agência Nacional de Educação e Formação de Adultos, da Direção-Geral de Formação Vocacional e, mais recentemente, da Agência Nacional para a Qualificação e da Agência Nacional para a Qualificação e Ensino Profissional, favoreceram elevadas taxas de certificação de adultos em ofertas públicas de educação (e formação) de base inovadoras em termos de finalidades e em termos pedagógicos.
Fortemente apoiada pela União Europeia e pelas orientações relativas à aprendizagem ao longo da vida, a política pública de educação e formação de adultos adotada na última década aproximou-se de políticas de outros países europeus, amplamente centradas no aumento da empregabilidade, produtividade e flexibilidade dos adultos-ativos, enquanto afastou-se dos ideias mais progressistas da educação de adultos de raiz crítica. Esta política permitiu igualmente a comparação de indicadores diversos, favorecendo a identificação de fortes diferenças nos níveis de participação e nas atividades que podem ser encontradas hoje em dia em diversos Estados-membros, como no caso das iniciativas de educação de adultos populares que ainda podem ser encontradas nos países do Norte da Europa. Simultaneamente, acentuaram-se as divergências entre as preocupações europeias e dos países europeus relativamente a propostas de carácter mais humanista, progressista e crítico, como aquelas apresentadas pela UNESCO.
Nos últimos dois anos, no nosso país, tem-se assistido à emergência de discursos políticos de carácter conservador e a decisões (ou a falta de decisões) pouco consensuais. Esta circunstância tem deixado os adultos pouco escolarizados, destinatários privilegiados das atividades propostas de educação de base, os agentes da educação de adultos e a sociedade portuguesa numa situação ambígua. De facto, no quadro de uma crise financeira, económica, mas simultaneamente social, política e cívica, antecipa-se mais uma rutura para uma política pública que marcou a última década. Estes últimos tempos, embora contraditórios, não deixaram de estimular a participação de pessoas que habitualmente não frequentavam ações de educação não formal ou formal, de envolver uma maior aproximação da população portuguesa à educação e formação, bem como um maior apreço pela aprendizagem.
Neste cenário complexo, é importante debater tendências de desenvolvimento que se têm aprofundado nos últimos tempos na educação de adultos em Portugal.

 

Destinatários
Esta Mesa-redonda dirige-se à comunidade académica do Instituto de Educação interessada nas problemáticas da educação de adultos (alunos de graduação e de pós-graduação em Formação de Adultos). Destina-se igualmente a todos aqueles que, mesmo externos a esta comunidade, têm assistido aos desenvolvimentos contemporâneos deste domínio de reflexão e intervenção e que desejam debater estas temáticas no contexto de uma Mesa-redonda constituída por académicos reconhecidos no domínio.

 

Realizada no âmbito
Cursos de Pós-Graduação em Formação de Adultos
Semana Aprender ao Longo da Vida (promovida pela Associação O Direito de Aprender)

 

Organização
Grupo de Investigação de Formação de Adultos
Área de Investigação e Ensino Políticas de Educação e Formação

 

 

 

 

 

Hora

(Quinta-feira) 19:00

Localização

Alameda da Universidade, Lisboa